Deputado Sargento Fahur (Paulo Sérgio/Câmara dos Deputados).

Sob o nome fantasia, ou melhor, fantasioso de “Encontro da indústria de defesa”, Eduardo Bolsonaro e dois deputados bolso-armamentistas estreantes no Congresso Nacional promoveram nesta quinta-feira, 9, na Câmara dos Deputados, um encontro de colecionadores de armas, atiradores e caçadores de javalis.

A pauta do Encontro Legislativo, oficialmente registrada no site da Câmara, era esta:

“O encontro visa trabalhar na implementação de políticas e iniciativas que busquem associar a recomposição da capacidade operativa da Marinha, do Exército e da Aeronáutica à busca de autonomia tecnológica e ao fortalecimento da Base Industrial de Defesa”.

Mas sobre isso descrito acima não houve a mais pálida fumaça. O que teve foi um aperitivo do que será a 57ª Legislatura do Congresso Nacional. Teve, por exemplo, “o temido Sargento Fahur”, que foi como o mestre de cerimônias do evento, um servidor público, chamou à tribuna do auditório o deputado Gilson Cardoso Fahur (PSD-PR).

Na tribuna de um auditório da Câmara dos Deputados, “o temido Sargento Fahur” disse coisas como “por circunstâncias que até agora eu não engoli, o desgraçado desarmamentista ganhou a eleição”; “esse ser maligno que assumiu a presidência da República”; e, aos berros: “acha que me ofendem me chamando de bolsonarista? Malditos! babacas!”.

Exaltado, o deputado Sargento Fahur exerceu assim seu direito de parlar, abordando a portaria do Ministério da Justiça que determina prazo de 60 dias para os CACs cadastrarem suas armas de fogo no Sistema Nacional de Armas, gerido pela Polícia Federal:

“Trabalhei 35 anos na Polícia Militar dando coronhada e tiro na cabeça de vagabundo, continuo combatendo vagabundo no Parlamento, e vou andar desarmado?”.

E desafiou, novamente aos berros:

“Flavio Dino, vem buscar minha arma aqui, seu merda!”.

Veja aqui, no final do vídeo:

Ainda existe Comissão de Ética na Câmara dos Deputados?

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