Está por horas o contrato de Sergio Moro com a papa-falências ianque Alvarez & Marsal, e está prestes a candidatura de Moro à presidência da República, segundo adiantou o jornal O Globo neste fim de semana.
Moro será candidato, ou pelo menos se apresentará para alguma composição da chamada “terceira via”, via Podemos, o partido de Eduardo Girão, Marcos do Val e Jorge Kajuru que tem o nome que tem por causa do “yes, we can”, slogan de Barack Obama.
O Podemos é Podemos desde maio de 2017. Antes, era PTN, legenda fundada em 1995 com pretensões de recriar o PTN de Janio Quadros, inclusive tendo como símbolo a vassoura com que Janio foi eleito presidente em 1960, com apoio da UDN e com o jingle: “Varre, varre, varre, vassourinha/Varre, varre a bandalheira”.

Janio renunciou em 1962. “Forças terríveis levantaram-se contra mim”, dizia sua carta de renúncia.
Hoje, entre as forças que se levantam pró-Moro 2022, brilha o terrivelmente lavajatista Alvaro Dias, que estribou sua candidatura presidencial em 2018 precisamente na “vassoura de Sergio Moro“.

Fulgura ainda, entre as forças do “Moro vem aí”, o antigo “enfant terrible” da imprensa brasileira, Diogo Mainardi, com seu site lavajateiro O Antagonista.
Há exatamente cinco anos, no Halloween de 2016, a produção do Manhattan Connection, onde Mainardi militou, abriu o programa com uma animação mostrando Moro fantasiado de bruxa e varrendo abóboras com nomes de partidos políticos.
O Manhattan Connection, show udenista com crème brûlé, já foi devidamente varrido da história.
Alvaro Dias amealhou menos de um milhão de votos para sua candidatura à presidência em 2018. Vinte anos antes, em 1998, Dias, então no PSDB, fez campanha para o Senado no Paraná voando para lá e para cá no jatinho de Alberto Youssef, o doleiro que foi o “marco zero”, por assim dizer, delator número um da conspiração Lava Jato.
A Lava Jato, aquela do juiz ladrão com trânsito em julgado, grande fraudador da República que quer ser presidente disto que restou.