Por unanimidade, a quinta turma do Tribunal Superior do Trabalho (TST) decidiu que o Burger King, por disponibilizar os sanduíches do seu cardápio aos “colaboradores”, não precisa pagar vale-refeição.
O Burger King foi acionado na justiça por um supervisor de uma loja de São Paulo obrigado a almoçar, em vez de um prato de comida, sanduíches como o Mega Stacker Atômico 3.0, que “alimenta” seu devorador com 354% das necessidades diárias de gordura saturada.
O demandante argumentou que sanduíches como o Mega Stacker Atômico 3.0 não poderiam ser considerados alimentação saudável, mas o TSE acolheu foi o argumento do Burger King, o de que a alimentação fornecida (sanduíches com até três camadas de bacon) é considerada similar ao “prato comercial”.
Mas nem tudo está perdido na luta de classes, pelos direitos trabalhistas e contra a obstrução arterial: nas últimas semanas, vários sites de emprego têm publicado anúncios de vagas no Burger King com o benefício de “auxilio academia”.
Em sua página de recrutamento, o Burger King diz que procura pessoas com valores como “visão de dono”. Mas só a visão. Barriga, não, por favor. Sempre inovando, o Burger King não quer “colaboradores” com fome, digamos, convencional, mas sim com “fome de desafio” e, claro, com “fome de venda”.
Mas nem tudo está perdido na luta de classes, pelos direitos trabalhistas e contra a obstrução arterial:
“Tragicamente hilário…”