Atendendo a defesa de Arthur Lira, o ministro do STF Gilmar Medes suspendeu nesta quinta-feira, 6, o inquérito sobre as fraudes nas compras de kits robótica para escolas de Alagoas, escândalo de corrupção que respinga, ou melhor, besunta Arthur Lira da cabeça aos pés.
“Gilmar determinou que o caso seja paralisado completamente até que o STF julgue, após o retorno do recesso em agosto, se a investigação deve ser anulada por suspeita de violação ao foro privilegiado de Arthur Lira”, diz o UOL.
Mas não se trata do mérito.
Onze dias atrás, na noite de 25 de junho, um domingo, Gilmar Mendes estava entre os convivas da comemoração do aniversário de Arthur Lira em um restaurante no Parque Eduardo VII, em Lisboa.
Lira estava na capital portuguesa para participar como convidado de um evento privado organizado por Gilmar Mendes, o Fórum Jurídico de Lisboa, surubada juriscorporativa promovida anualmente pelo Instituto de Direito Público (IDP), criado pelo atual decano do STF.
Só neste ano, antes da surubada, o decano já havia determinado o encerramento de três ações de improbidade contra Arthur Lira e mandou suspender dois inquéritos contra o pai de Lira, Benedito de Lira, conduzidos pela Polícia Federal e pelo MPF em Alagoas.
Supremo é o despudor.
Desmoralizando-se, os excelentíssimos, depois, não sabem de onde surge a extrema-direita com seus cartazes de “Supremo é o povo”.