Fundado pelo hoje deputado federal Marcos Pollon (PL-MS), o Movimento Pró-Armas reivindica para si o posto de maior organização armamentista do mundo depois da estadunidense Associação Nacional do Rifle (NRA, na sigla em inglês).
Nos três últimos dias 9 de julho, em 2020, 2021 e 2021 – no governo Bolsonaro e na pandemia -, o Pro-Armas promoveu com grande alvoroço as três primeiras edições de um assim chamado “Encontro Pró-Armas Pela Liberdade” em Brasília, sempre convocando os CACs de todo o Brasil para reunirem-se e mostrarem sua força.
Barulhentos, os três primeiros encontros de atiradores no 9 de julho em Brasília foram estrelados por figuras como Eduardo Bolsonaro, Carla Zambelli e Roberto Jefferson e embalados pelos slogans armamentistas do bolsonarismo – “um povo armado jamais será escravizado”, “não é sobre armas, é sobre liberdade”, etc.
Em janeiro, um dos primeiros atos do governo Lula foi a revogação dos decretos armamentistas de Jair Bolsonaro que haviam instalado no Brasil uma verdadeira farra do berro e do pipoco. Na última sexta-feira, 30, o STF decidiu no mesmo sentido.
Além disso, os CACs foram obrigados pelo Ministério da Justiça a recadastrarem suas armas na Polícia Federal, a fim de acabar com outra farra: a do breu que vigorava no Brasil sobre os arsenais particulares com a complacência do Exército.
Nesta segunda-feira, 3, Marcos Pollon publicou um vídeo em sua conta no Instagram no qual o maior líder armamentista do Brasil aparece um tanto esmorecido. Ele diz assim, sobre o IV Encontro Pró-Armas Pela Liberdade, marcado para o próximo domingo, 9 de julho, em Brasília:
“Esse ano a gente vai fazer um pouquinho mais rapidinho, pra ninguém ficar fritando no sol. Afinal de contas, já bastam os dissabores da vida”.