O maior portal noticioso do país anuncia em manchete na manhã desta quarta-feira, 26, que pelo menos 18 estados brasileiros e o Distrito Federal começão o ano letivo de 2022 com aulas presenciais obrigatórias, mas que o cenário muda “se a pandemia piorar”.
“Se a pandemia piorar”.
Isso poucas horas após o Brasil registrar quase 500 mortes por covid-19 em 24 horas, fora a subnotificação e quando há dois meses o país não registrava mais de 400. A média móvel de mortos/dia por covid está em 332, 173% a mais do que duas semanas atrás.
“Se a pandemia piorar”.
A covid voltou a ser a principal causa de mortes de brasileiros.
“Se a pandemia piorar”.
O número de novos casos registrados nesta terça, 25, foi de 183.722. A média móvel de novos casos é de 158 mil, uma disparada de 261%.
“Se a pandemia piorar”.
Em estados como Alagoas, cidades como Fortaleza e Diadema, no Distrito Federal, já não há mais leitos disponíveis nas UTIs. No hospital referência de Minas Gerais no atendimento de crianças, estão lotadas as 105 vagas de enfermaria e 16 UTIs. Na Bahia, mais de 250 pessoas aguardam abrir vaga em hospitais.
E a reportagem do UOL informa ter ouvido do governo da Bahia o bizarro posicionamento, diante dos números da pandemia no Brasil, de que, “para manutenção do ensino 100% presencial, é necessário que a taxa de contaminação pela covid permaneça baixa”.
O Brasil está no oitavo dia seguido de recordes de contágios, mas… “é necessário que a taxa de contaminação permaneça baixa”…