O jurista argentino Eugenio Raul Zaffaroni costuma dizer que a Idade Média não terminou e está longe de terminar. Assim comprova o “Novo Brasil” bolsonarista – persecutório, teocrático, anticiência, um bufão sentado no trono do rei.

E a terraplanagem para o terraplanismo foi feita mesmo no padrão da Inquisição Medieval, com o chefe da acusação vestindo a toga de juiz e ameaçando com os terrores da masmorra quem não se animasse a delatar que vizinhos andaram com o diabo.

Já que não estão dividindo uma cela especial para diplomados no ensino superior, nada mais justo, lindo e colorido, portanto, que o ex-Inquisidor-Geral de Aragão, ou melhor, de Curitiba, chamasse o seu antigo meirinho, demissionário do Ministério Público, para compor chapa eleitoral.

Não seria nenhuma novidade.

Em sua “História das Inquisições”, o historiador português Francisco Bethencourt dá conta do papel de trampolim da Inquisição nas carreiras políticas do medievo; de uma “rede de agentes especializados”, “estruturas independentes” do Santo Ofício que permitiam “o desenvolvimento de interesses autônomos que visam à conservação e à ampliação dos poderes acumulados”.

Parece até uma descrição da mais famosa task-force do Ministério Público Federal do Paraná – e do seu juiz ladrão.

Não seria nenhuma novidade, de resto, porque Sergio Moro e Deltan Dallagnol, afinal, agora decidem participar das eleições pela segunda vez.

Apoie o Come Ananás com Google ou Pix

Fortaleça a imprensa democrática brasileira.

FAÇA UMA ASSINATURA de apoio ao jornalismo do Come Ananás. Mensal ou anual, via Google. Cancele quando quiser. Você também pode fazer uma contribuição única.

OU FAÇA UM PIX de apoio ao Come Ananás, de qualquer valor. Toda contribuição é importante. Esta é a chave Pix do Come Ananás:

pix@comeananas.news

* Assinantes antigos podem gerenciar suas assinaturas de apoio na área do assinante ou no portal do cliente da Stripe.

Deixe um comentário

Deixe um comentário