'Sensação de FOMO': o apetite despertado no mercado pela queda da popularidade de Lula
FOMO é sigla para "Fear of Missing Out", medo de ficar de fora do banquete rentista que se vislumbra com a perspectiva de volta ao poder daqueles que puseram o Brasil de volta no Mapa Mundial da Fome.

Há quase um mês, no dia 14 de fevereiro, o Datafolha mostrou uma acentuada queda da popularidade do presidente Lula, de 35% para 24%. No mercado financeiro, a pesquisa causou “euforia”. Foi esta a palavra usada pelo grosso da mídia corporativa, como o portal E-investidor, do Estadão.
Em matéria sobre “a euforia causada pela pesquisa Datafolha”, publicada no dia 18 de fevereiro e intitulada “‘Trade de eleição’: por que 2026 já começou a movimentar os investimentos”, o E-investidor/Estadão nem disfarçou, não se fez de rogado para tratar a queda da popularidade de Lula como a cereja de “um dia que já era positivo” na Bolsa de Valores de São Paulo:
“A queda da popularidade de Lula foi noticiada já no final do pregão da sexta-feira, mas gerou impacto nos mercados em um dia que já era positivo. Lá fora, as surpresas positivas em relação às tarifas recíprocas de Trump, nos EUA, criavam um ambiente de apetite a risco – mas, para especialistas, isso acabou fora do foco após a chegada da pesquisa do Datafolha. O dólar, que estava em queda ante o real, acelerou o ritmo até cair a R$ 5,69 pela primeira vez desde o início de novembro. O Ibovespa, que também já tinha um pregão de valorização, engrenou até terminar a sessão com um salto de 2,7%, no maior nível de encerramento desde meados de dezembro”.
“É óbvio que as quedas de popularidade do Lula fazem com que o mercado se anime, porque ele não é um presidente market-friendly”, disse um “analista de investimento” ao E-investidor/Estadão, sobre a tal “trade de eleição”.
“Trade de eleição”: uma pesquisa no Google mostra que o termo jamais apareceu na imprensa brasileira antes de 2025. Aparece agora e vem sendo rapidamente incorporado à novilíngua farialimer para descrever, com empolamento, pomposidade, afetação, isso mesmo que você está pensando: a expectativa de volta ao poder em 2027 da extrema-direita negacionista, golpista, genocida, mas “market-friendly”.
A matéria do E-investidor/Estadão citou ainda um relatório do J.P. Morgan divulgado no dia 17 de fevereiro para explicar o cenário de mais pessoas comprando ações brasileiras por causa da queda da popularidade de Lula, mesmo com os preços das ações em alta:
“Para aqueles que não estão investidos, há uma clara sensação de FOMO”, dizia o relatório, que foi produzido pela equipe da diretora e estrategista para o Brasil e América Latina do J.P. Morgan, Emy Shayo.
“FOMO” é sigla para Fear of Missing Out, ou seja, medo de ficar de fora do banquete rentista que se vislumbra com a perspectiva de volta ao poder daqueles que puseram o Brasil de volta ao Mapa Mundial da Fome, após os governos do PT, com a prioridade do combate à fome, tirarem o país de lá.
Será que se chamam Baleia os Lulus da Pomerânia dos “traders” da B3?

Em tempo: o “time” do J.P. Morgan liderado por Emy Shayo, aquele que um mês atrás produziu relatório sobre a “sensação de FOMO”, é o mesmo que na última segunda-feira, 10, em outro relatório, recomendou o “movimento tático” de investir em ações brasileiras diante da “possibilidade de mudança de regime”.
No dia 8 de outubro de 2018, um dia após Jair Bolsonaro ter recebido quase 50 milhões de votos no primeiro turno das eleições daquele ano, Emy Shayo foi ao Twitter ironizar uma matéria do New York Times sobre o perigo que Bolsonaro representava para a Democracia no Brasil.
“Mídia estrangeira questionando a democracia no Brasil. Foram quase 118 milhões de pessoas que votaram ontem. Onde está o perigo para a democracia?”, tuitou a estrategista do J.P. Morgan.
Zonza de “FOMO”, Emy Shayo até hoje não enxerga, ou finge que não vê.
Boa tarde
Diria que, sabiamente, boa parte dos Eleitores de LULA investem seus recursos na agricultura familiar, estudo dos filhos e tals.
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Tenho um C4 Cactus e graças ao LULA, as ações da Petrobrás beiraram 7,00...
Comprei um monte...
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Vendi de 28 pra lá
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Ainda sobrou para embarcar alguma coisa numa barca furada, chamafa "Oi"...