Braga Netto: praticamente uma prisão domiciliar
General foi preso neste sábado e está sob custódia do Exército no Comando Militar do Leste, chefiado por ele entre 2016 e 2019.
O general Walter Souza Braga Netto foi preso na manhã deste sábado, 14, em Copacabana, dois anos depois de atuar como um dos cabeças da tentativa de golpe de Estado de 2022, segundo a investigação da Polícia Federal e conforme já estava muito claro desde então.
As primeiras informações de bastidores da prisão de Braga Netto dão conta de que o general seria preso nesta sexta-feira, 13, mas não foi porque nesta sexta foi aniversário do AI-5. Segundo a imprensa, “os militares poderiam entender como provocação”.
Em novembro, a prisão do general Mario Fernandes no Dia da Bandeira teria sido “um detalhe que irritou a cúpula das Forças Armadas”.
Que o general Fernandes tenha planejado matar Lula, Geraldo Alckmin e Alexandre de Moraes, este certamente é um “detalhe” menor para a cúpula das Forças Armadas.
Outro detalhe é que, preso por obstrução de Justiça, Braga Netto vai praticamente para uma prisão domiciliar: ele já está no Comando Militar do Leste, sob custódia do Exército, como o tenente-coronel Mauro Cid ficou preso no Batalhão da Polícia do Exército em Brasília combinando com uma penca visitantes, quase todos do Exército, uma penca de generais, o entrega-não-entrega da sua delação.
Braga Netto chefiou o Comando Militar do Leste de 2016 a abril de 2019, de onde pulou para o comando do Estado-Maior do Exército e depois para o governo Bolsonaro, para a vice na chapa de reeleição de Bolsonaro e daí para a tentativa de golpe do bolsonarismo militar.
E assim vamos, as “Forças Desarmadas”, pisando em ovos, mas caminhando.