O voto em Milei: 51% dos informais, 63% dos autônomos, 72% dos policiais, 90% dos milicos

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O instituto de pesquisa Prosumia cravou o resultado do segundo turno na Argentina dias antes do “ballotage”: vitória de Milei com 11 pontos percentuais de diferença sobre o peronista Sergio Massa.

Diante do bingo, vale a pena dar uma olhada na segmentação do voto em Javier Milei apontada pela pesquisa Prosumia de dias atrás.

Votaram em Javier Milei, por exemplo, segundo o Prosumia, os seguintes argentinos:

  • 89,4% dos militares
  • 72% dos policiais
  • 63,5% dos trabalhadores autônomos
  • 50,9% dos trabalhadores informais
  • 50,8% dos assalariados

Sobre os primeiros, os milicos, a mídia brasileira pode dizer deles o mesmo que vem dizendo dos entregadores do Rappi que votaram em Milei: se tem que entender que o “voto Rappi”, né, gente, não foi em Milei, mas sim contra o peronismo, os milicos também não aguentavam mais aquele bando de velhas gritando “nunca más” e “ni un paso atrás”…

Sobre os últimos, os assalariados, é digno de nota que entre os trabalhadores industriais a vantagem de Milei sobre Massa tenha sido a mesmíssima e acachapante dianteira geral de 11 pontos percentuais.

Candidatos a vítimas primeiras do “anarcocapitalismo”, a maioria dos trabalhadores da indústria argentina resolveu depositar o próprio pescoço na urna, no domingo, num crowdfunding insólito para a produção da enésima sequencia da franquia “Massacre da Serra Elétrica”.

O primeiro “Massacre da Serra Elétrica” estreou há quase 50 anos, em 1974, quando o serial killer Leatherface (“cara de couro”) apareceu usando máscaras feitas de pele humana, cabeleira desgrenhada, passando o cerol, ou melhor, a motosserra e praticando canibalismo ao lado de sua família incestuosa.

O próximo “Massacre” estreia no dia 10 de dezembro e promete ser o mais horripilante de todos. Em vez de máscara, o maníaco usa agora jaqueta de couro de vaca dos pampas. Os cabelos seguem revoltos. Jair Bolsonaro foi convidado para a avant-première.

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