Nomeado secretário nacional de Vigilância em Saúde no dia 5 de junho de 2020, três dias após o general Eduardo Pazuello ser nomeado para gerir “interinamente” o genocídio, Arnaldo Correia de Medeiros até hoje ocupa o mesmo cargo no Ministério da Doença, mantido que foi na gestão (do genocício) de Marcelo Queiroga. A presença de Arnaldo no ministério é um oferecimento do Centrão.
Desde que foi nomeado, Arnaldo Correia de Medeiros foi processado pelo TCU por omissão na pandemia da covid-19; assinou a carta de intenção de compra em uma maracutaia com vacinas contra o vírus SarS-Cov-2, implodida pela CPI; insultou uma repórter durante a coletiva de apresentação do PNI da covid; seu filho Daniel furou a fila da vacinação na Paraíba.
Pois na última terça-feira, 20, saiu no Diário Oficial da União um decreto de concessão da Medalha do Mérito Oswaldo Cruz a Arnaldo Correia de Medeiros. O decreto é assinado por Queiroga e pelo genocida-em-chefe. A medalha é dada a figuras com atuação destacada na área da saúde pública.
Faz sentido I: a honraria foi criada por Emílio Garrastazu Médici, um sádico.
Faz sentido II: no mesmo decreto, Jair Bolsonaro concede a Medalha do Mérito Oswaldo Cruz à vice-procuradora-geral da República, Lindora Araújo, que ajudou Augusto Aras a atrapalhar em tudo quanto pôde os trabalhos da CPI da Pandemia e a enterrar o seu relatório final, escarnecendo de centenas de milhares de brasileiros mortos e milhões de enlutados.
Faz sentido III: quem também vai receber a Medalha do Mérito Oswaldo Cruz são os atuais comandantes das três forças – o general que comanda o Exército, o almirante que navega a Marinha e o brigadeiro que pilota a FAB -, todos destacados senhores da guerra psicológica que o bolsonarismo militar vem travando contra o Brasil, sobretudo após as eleições.
É que a Medalha do Mérito Oswaldo Cruz vai para quem se destaca em “contribuições para o bem-estar físico e mental da coletividade brasileira”.
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