O ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, participa de audiência pública da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados (Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil).

Em reportagem publicada na noite desta segunda-feira, 11, e intitulada “Militares pedem ao TSE arquivos de eleições usadas por Bolsonaro em retórica de fraude”, a Folha de S.Paulo diz que dois dias específicos do calendário eleitoral do TSE, anteriores à votação, serão “focos de atenção” militares, “alvos” dos golpistas.

O primeiro é o dia da Cerimônia de Assinatura Digital e Lacração dos Sistemas; o segundo é o dia do sorteio das urnas que passarão pelo teste de integridade, marcado para a véspera do primeiro turno.

Diz a Folha:

Além dos arquivos de eleições passadas, os militares também solicitaram dez itens de informações técnicas sobre sistemas e protocolos atuais.

O teor dos pedidos indica que um dos focos de atenção dos militares será a cerimônia pública em que os sistemas eleitorais são compilados e lacrados e que ocorrerá em setembro.

A compilação serve para transformar o código-fonte dos programas eleitorais que estão escritos em uma linguagem que os humanos conseguem entender em um formato que é apenas lido por máquinas. A versão compilada do sistema que é inserida nas urnas.

Outro alvo dos militares é o programa que fará o sorteio das urnas que passarão pelo teste de integridade —uma auditoria que é feita no dia da votação com urnas sorteadas na véspera.

Na edição do dia 5 de maio da sua live das quintas-feiras – também conhecida como Jornal do Golpe -, disse Jair Bolsonaro: “deixo claro, adianto ao TSE: essa auditoria [das urnas eletrônicas por uma empresa contratada pelo PL] não vai ser feita após as eleições”.

Na mais recente edição do Jornal do Golpe, na última quinta, 7, Bolsonaro deu a senha e não foi só para o caçador de petistas Jorge José da Rocha Guaranho: “você deve se preparar para o que temos que fazer antes das eleições”.

O golpe mais anunciado da História tem até calendário, digamos, de eventos; sua programação veiculada nas folhas do país. No outro grande jornal de São Paulo, o Estadão, a manchete do raiar do dia era que “Militares preparam programa próprio de fiscalização da eleição e provocam TSE”.

Como fez Lava Jato em eleição na qual Lula também liderava as pesquisas e que no fim das contas foi tida como limpa pelo senso comum, posto que emporcalhada pelo triplo golpe de Temer/Moro/fake news; como fez a Lava Jato em 2018, dizíamos, o Partido Militar orquestra debaixo dos mais respeitáveis, excelentíssimos narizes um calendário eleitoral não registrado no TSE.

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