Na tarde da última quarta-feira, 15, na GloboNews, quando o assunto no programa Estúdio I era a “briga” do governo com o Banco Central, o jornalista Valdo Cruz disse que tinha ouvido o seguinte de um ministro: “o Lula, além de mandar a Dilma para o BRICS, na China, podia mandar a Gleisi um tempinho com ela, para ficar lá e voltar quando as coisas se acalmarem no Brasil”.

E disse o que disse com um sorriso no rosto e alisando o cavanhaque.

Uma das companheiras de bancada de Valdo Cruz, Flavia Oliveira, indignou-se: “mulheres é que vão para o exílio, Valdo? Olha a misoginia aí, hein!”.

De fato: com tantos políticos do PT, homens e mulheres, fazendo críticas ao Bacen, Valdo Cruz, desculpe, “um ministro” se assanha para mandar a presidenta do partido fazer companhia à ex-presidenta da República fora do país, para “se acalmarem”, desculpe, “para ficar lá e voltar quando as coisas se acalmarem no Brasil”.

O comentário de Valdo Cruz, perdão, de “um ministro” remete à capa misógina da IstoÉ de abril de 2016:

Naquela ocasião, a revista, na linha valdocruziana, atribuiu a “assessores palacianos” o retrato de “uma presidente fora de si”.

Na última quarta, quando confrontado por Flavia Oliveira, Valdo Cruz se defendeu assim: “se tivesse um homem fazendo essas críticas, com o mesmo poder da Gleisi, eu também teria…”

Epa!

“… eu não, né, esse ministro, naturalmente, teria feito o mesmo comentário”, completou o indefectível Valdo Cruz, o ouvido mais produtivo dos bastidores da política brasileira…

Flavia Oliveira não segurou uma risada, e emendou: “manda esse ministro olhar pro lado. Fala pra esse ministro aí, Valdo”.

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