As ações da Tesla caíram 40% desde o início de abril. São perdas da ordem de US$ 400 bilhões em valor de mercado em menos de dois meses, e são vários os motivos, da falta de lançamentos de novos modelos (qualquer vendedor de concessionária em treinamento sabe que novos modelos impulsionam as vendas), até o avanço da concorrência nos últimos anos, baixando a bola de que a empresa, guiada pelo “mito da liberdade”, estaria predestinada a lavar a égua, nadar de braçada, dominar amplamente o mercado de carros elétricos (A Tesla vendeu 58 mil carros elétricos na Europa nos três primeiros meses de 2022, apenas dois mil a mais do que Volkswagen).
Outro, não menos importante, é este:
Até 2025 a demanda de litio, metal essencial para as baterias de veículos elétricos, irá triplicar das 500 mil toneladas usadas em 2021 para 1,5 milhão de toneladas anuais, puxada justamente pelo setor de carros de ligar na tomada, que daqui a três anos deve responder por 22% das vendas globais de carros novos. Como não se acha litio na esquina, os preços do metal também devem disparar. Eis o cheiro mais insuportável para o capitalista, financista, acionista: o da redução da margem de lucro.
O Brasil tem potencial para ser um dos maiores produtores de lítio do mundo.
Um dos maiores produtores de lítio do mundo é a Bolívia. Quando Evo Morales sofreu um golpe de Estado, poucos anos atrás, Elon Musk avisou aos insatisfeitos, mimizentos, sofredores de coitadismo: “vamos dar golpe em quem quisermos! Lide com isso”.

Quem foi que disse que Jair Bolsonaro, para tentar um autogolpe, não teria apoio externo?