Roberto Jefferson (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil).

São chocantes os depoimentos do delegado Marcelo André Côrtes Villela e dos policiais federais Karina Lino Miranda de Oliveira, Daniel Queiroz Mendes da Costa e Heron Costa Peixoto, relatando detalhes do ataque que sofreram de Roberto Jefferson, velho e fiel aliado de Jair Bolsonaro, no último domingo, 23, no município de Levy Gasparian, no sul fluminense.

O policial Heron conta que, antes do ataque, quando os policiais anunciaram sua chegada para cumprir um mandado de prisão contra o aliado de Bolsonaro, a resposta que veio da casa do aliado de Bolsonaro, pelo interfone, foi de uma mulher e foi esta: “vai embora que vai dar merda”.

Todos os depoimentos dão conta de que, depois, o aliado de Bolsonaro surgiu numa posição de cerca de três metros acima dos policiais, por trás de um muro, e já naquele momento escondendo atrás do muro as granadas e o fuzil utilizados no ataque. Quando os policiais tentavam convencer o aliado de Bolsonaro a se entregar, ele mostrou uma granada, tirou o pino e, antes de arremessá-la, disse: “vocês estão juntinhos aí. Vão se machucar”.

Segundos depois, o aliado de Bolsonaro jogou a primeira granada na viatura da Polícia Federal. Ato contínuo, tirou o fuzil de trás do muro e começou a atirar.

O delegado Marcelo relatou que quando ouviu a policial Karina gritar que tinha sido alvejada, começou a revidar os tiros do aliado de Bolsonaro. Em determinado momento, relata o delegado, começou a sentir sangue descendo da cabeça, uma quantidade muito grande de sangue, que chegou a afetar sua visão. Mesmo assim, o delegado conseguiu se aproximar de Karina, que, ferida na cintura, começou a perder os sentidos.

“Os indícios não deixam dúvidas de que Roberto Jefferson aguardava a polícia federal e agiu de forma premeditada e com intenção de matar os policiais”, disse o delegado em seu depoimento.

Leia abaixo, na íntegra os depoimentos dos policiais federais atacados pelo aliado de Bolsonaro.

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