Numa entrevista à repórter Vera Rosa publicada nesta quarta-feira, 13, no Estadão, o vice-presidente Hamilton Mourão desconversa sobre as ameaças bolsogolpistas às eleições com uma referência a Machado de Assis: “o processo eleitoral vai ter paixões exacerbadas, mas será realizado normalmente. E o vencedor que leve as batatas”.
Quando perguntado sobre a agitação golpista anunciada para o próximo 7 de setembro, Mourão escapa citando Delfim Netto: “o 7 de Setembro terá um discurso aqui e ali, recheado com desfile militar, mas no dia seguinte a quitanda vai abrir com berinjelas para vender e troco no caixa para atender o freguês”.
O Estadão perdeu oportunidade de enriquecer a entrevista de Mourão a Vera Rosa com a reprodução dos minutos iniciais do primeiro episódio da ótima série de animação brasileira “O Irmão do Jorel”, que é repleta de referências a verduras, frutas, legumes e às ideias mais nonsense que vão na cabeça das pessoas.
No vídeo, a mãe do Jorel, ao ver o pai do Jorel à mesa de papo com uma berinjela, irrita-se: “Edson, tem como parar de conversar com a comida na frente das crianças?”.
Edson responde: “Eu não tô conversando com a comida, né Danuza?”.
Neste momento, surge de dentro da berinjela de Mourão, ou melhor, de Edson um grande pato. Não amarelo, como o da Fiesp. Mas um grande pato branco. É Gesonel, “o mestre dos disfarces”.
“O Gesonel tá me ajudando num projeto novo aí”, diz Edson…
É que desde as “pedalas fiscais”, “créditos suplementares”, tuíte do general – essas coisas do passado recente – este país se faz autêntico “estudo de caso” de que golpe de estado é assim feito o pato Gesonel: “o mestre dos disfarces”, mas sempre “recheado com desfile militar”.
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