No dia 26 de outubro de 2021, o militar Marcos André dos Santos Soeiro, então assessor do Ministério das Minas e Energia, foi flagrado na aduana do aeroporto de Guarulhos tentando voltar ao Brasil sem informar R$ 16 milhões em joias que teriam sido enviadas pela ditadura da Arábia Saudita de presente para Michele Bolsonaro. Marcos Soeiro voltava de viagem oficial a Riad liderada pelo à época ministro Bento Albuquerque.
Mas há indícios de outro episódio de problemas com a bagagem de Marcos Soeiro no aeroporto de Guarulhos.
No dia 2 de maio de 2022, o Diário Oficial da União publicou uma intimação dirigida a Marcos Soeiro, datada do dia 26 de abril e assinada pela chefe da divisão de conferência de bagagem da alfândega do aeroporto. A intimação dá prazo de 20 dias para Soeiro “apresentar impugnação” a um auto de infração.
“Decorrido o prazo supra sem que tenha havido a apresentação da impugnação, os trâmites processuais terão prosseguimento”, diz a intimação.
Três dias antes da data da intimação, em 23 de abril de 2022, Marcos Soeiro tinha voltado ao Brasil de uma viagem oficial a Nova Déli, na Índia, aonde acompanhou Bento Albuquerque para tratar de cooperação entre Brasil e Índia na área de mobilidade sustentável.
No documento publicado no DOU, porém, não há detalhes sobre este possível outro problema enfrentado por Soeiro no aeroporto de Guarulhos. Existe ainda a possibilidade de que a intimação seja referente ao caso das joias, de 2021. O auto de infração e o processo administrativo citados na intimação, no entanto, têm data de 2022.
Atualização (6/3/2023): Em nome da precisão, Come Ananás ajustou o título do artigo, publicado originalmente sem o ponto de interrogação. Isto porque não é possível afirmar que o documento publicado no DOU e citado no artigo seja referente a um outro problema com bagagens de Marcos Soeiro. É possível o documento seja referente ao caso das joias de Riad.
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