O general Paulo Sergio era o chefe do Comando Militar do Norte quando, há três anos, este comando de área recusava-se a ceder tropas e equipamentos para operações contra o garimpo ilegal no Pará.
Concomitantemente, lá em 2019, o Comando Militar da Amazônia boicotava uma operação da Funai, Ibama e Polícia Federal contra o garimpo ilegal no Vale do Javari. Como este Come Ananás mostrou nesta segunda-feira, 13, mais cedo, um dos integrantes da operação era o indigenista Bruno Araújo Pereira, desparecido na mesmíssima região desde o último dia 5.
Mas não foi para largar indigenistas “globalistas” vivos ou mortos na selva infestada de bandoleiros que o general Paulo Sergio foi feito ministro da Defesa por Jair Bolsonaro e Walter Braga Netto, que – já vai fazer um ano – mandou avisar Arthur Lira que só haveria eleições em 2022 com voto de papel.
Paulo Sergio foi feito ministro da Defesa para isto: para tentar minar a credibilidade do sistema brasileiro de urnas eletrônicas, e os últimos dias têm sido de forte empenho na empreitada.
Primeiro com um ofício antirrepublicano, golpista mesmo, encaminhado ao presidente do TSE, Edson Fachin.
Agora, nesta segunda, reunindo-se pela manhã com dois milico-deputados do PL defensores do “voto impresso” e de “maior participação das Forças Armadas nas eleições” – Coronel Armando e General Girão – e à tarde com Kassio Nunes Marques, para discutir “regras eleitorais” com o líder do governo – e do golpismo – no Supremo.
A foto que ilustra este artigo foi tirada no último sábado, 11, no Rio de Janeiro. Nela, Paulo Sergio marcha diante da turma Dom Pedro I da Escola Naval, no Rio de Janeiro, cujos integrantes tinham acabado de receber o espadim, símbolo dos “Sentinelas dos Mares”.
Em trajes civis, Paulo Sergio posta-se como sentinela de Jair, marcha como soldado de Bolsonaro. Marcha soldado, voto de papel…