No dia 9 de dezembro do ano passado, o servidor Lucas Barros Baptista de Toledo Ribeiro foi nomeado chefe de gabinete da Secretaria Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, órgão do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, encabeçado por Damares Alves.
Lucas Barros é irmão do deputado federal bolsonarista Filipe Barros (PSL-PR), que, segundo um relatório da Polícia Federal, foi quem meses antes vazou para Jair Bolsonaro um inquérito sigiloso da PF sobre um ataque hacker ao TSE.
Bolsonaro divulgou em uma live e em suas redes sociais informações que deveriam permanecer em segredo de justiça até o fim das diligências da PF. Filipe Barros participou da live. As informações foram distorcidas pelo presidente a fim de tentar desacreditar as urnas eletrônicas.

Filipe Barros foi o relator da PEC do voto impresso, que foi derrotada no Congresso no ano passado. O deputado solicitou à PF acesso ao inquérito com o argumento de municiar seu relatório. Foi atendido e depois repassou as informações a Bolsonaro. Ele é pré-candidato ao governo do Paraná.
O irmão de Filipe, Lucas Barros, que ganhava R$ 10 mil antes da nomeação para uma chefia de gabinete no ministério de Damares, passou a ganhar R$ 36 mil.
Descumprindo determinação do ministro do Supremo Alexandre de Moraes, Jair Bolsonaro não apareceu para depor nesta sexta-feira, 28, na superintendência da Polícia Federal em Brasília.
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