Chama-se Glaucio Octaviano Guerra o “coronel Guerra” que esteve metido em uma das maracutaias com vacinas na pandemia, no governo Jair Bolsonaro, junto com tipos perfeitos do bolsonarismo militar enfiados no Ministério da Saúde, inclusive um braço direito do general Braga Netto. Quase ao mesmo tempo – sabe-se só agora – o coronel meteu-se com um dos assassinos do presidente do Haiti Jovenel Moise e com militares brasileiros ligados a Braga Netto para vender coletes à prova de balas superfaturados para as polícias do Rio de Janeiro.
Chama-se Manoel Silva Rodrigues o segundo sargento do Grupo de Transporte Especial (GTE) da Força Aérea Brasileira pego no flagrante em 2019, em Sevilha, na Espanha, traficando 30-1=29 quilos de cocaína em um avião da comitiva presidencial de Bolsonaro.
É mesmo muito pequeno o mundo da “família militar”: há 12 anos, em 2011, aconteceram dois voos internacionais da FAB – um para o Paraguai, outro para o Uruguai – nos quais trabalharam juntos o então major da Base Aérea de Brasília Glaucio Octaviano Guerra e o à época terceiro-sargento do GTE Manoel Silva Rodrigues.


Não para por aí: o doleiro acusado de movimentar dinheiro dos fornecedores que compraram a cocaína traficada pelo sargento Rodrigues, Márcio Moufarrege, vulgo “Macaco”, é o mesmo apontado como o responsável por operar remessas de dinheiro dos fornecedores de coletes balísticos estadunidenses para milicos-lobistas com trânsito na Intervenção de Braga Netto, que, aliás, foi adido militar nos EUA.
É mesmo minúsculo o mundo da “família militar”. E nem falamos de golpe.