Na semana passada os “publishers” da Folha de S.Paulo demitiram 15 pessoas do jornal, sendo a dispensa mais notória a do gigantesco Janio de Freitas. Além de Janio, foram limados Sylvia Colombo, Gregório Duvivier, Marielene Felinto, entre outros.
Ato contínuo a passaralhos na imprensa, há os que reagem ao pé na bunda com uma última babada de ovo e um “muito obrigado pela oportunidade”, e há aqueles, mais raros, que se despedem dos leitores como fez Marilene Felinto em sua última coluna na Folha:
Estou sendo convidada, digamos assim, a interromper esta coluna de jornal. Deve ser porque escrevi há pouco tempo sobre Barack Obama —na verdade, sobre meu pai. Ou melhor, deve ter sido porque associei Lula a Obama e a minha própria loucura. Isso já aconteceu antes, por decisão minha, 20 anos atrás. Saí. Agora a decisão é deles, pelo meu rótulo de esquerdista. Talvez queiram limpar o ambiente para a pura “neutralidade” de opiniões sobre política. Nada de novo!
Reagir assim pode até ser para quem pode, nem sempre para quem quer. Mas reagir assado, engraxando o mocassim do pontapé, é só uma escolha mesmo…