Desde a criação do Conselho de Segurança da ONU, em 1945, e do Estado de Israel, em 1948, os EUA já usaram seu poder de veto para barrar 34 projetos de resolução contrários às ações de Israel no “conflito” com o povo palestino aprovados pelo colegiado do órgão. As resoluções do Conselho de Segurança têm efeito vinculante e o desrespeito a elas pode levar à imposição de sanções.

O mais recente dos 34 vetos americanos aconteceu no último 18 de outubro, quando os EUA barraram o projeto de resolução apresentado pelo Brasil condenando a violência contra todos os civis – de Israel, Gaza e territórios palestinos ocupados – em meio aos bombardeiros israelenses à Faixa de Gaza e na sequencia do ataque de comandos do Hamas a Israel. A resolução tinha sido aprovada por 12 países, incluindo a França e a China, dos 15 que integram o conselho. Rússia e Reino Unido abstiveram-se.

O levantamento dos vetos americanos às resoluções do Conselho de Segurança da ONU contra os crimes de Israel foi feito pela Al Jazeera.

“A maioria destas resoluções foi elaborada para propiciar um quadro para a paz no conflito Israel-Palestina, que já dura décadas, incluindo pedir a Israel que cumpra as leis internacionais, apelar à autodeterminação para o Estado Palestino ou condenar Israel pelo deslocamento de palestinos ou pela construção de assentamentos nos territórios palestinos ocupados”, diz a Al Jazeera.

Ao todo, os EUA já vetaram 46 projetos de resolução críticos a Israel apresentados no Conselho de Segurança da ONU, incluindo um sobre a invasão do sul do Líbano por Israel e outro sobre a anexação por Israel das Colinas de Golã, na Síria, que permanecem sob ocupação israelense.

Só nesta quarta-feira, 25, dia em que os EUA estavam prontos para vetar pela trigésima quinta vez uma resolução do Conselho de Segurança da ONU contra os ataques de Israel ao povo palestino – não foi preciso, porque a resolução da Rússia não foi aprovada -, 756 palestinos, incluindo 344 crianças, foram mortos na Faixa de Gaza.