Às 10 pra meia-noite do último 6 de janeiro, o deputado federal André Fernandes, do PL e o mais votado no Ceará, convocou seus cerca de 400 mil seguidores no Twitter para “o primeiro ato contra o governo Lula”. No dia 8 de janeiro, com a Praça dos Três Poderes sob ataque, André Fernandes voltou às redes para postar, com a legenda “quem rir vai preso”, uma foto de um terrorista saindo do STF com a porta do gabinete de Alexandre de Moraes.


Com a moral de estar sendo investigado por participação no 8/1, e com a cara da foto abaixo – a cara da 57ª legislatura -, André Fernandes protocolou na última terça-feira, 28, o pedido de abertura da CPI do… 8/1. Num ato ademais de escárnio, o PL incumbiu-o da tarefa, escolhendo-o entre seus 100 deputados.

Em janeiro, chegou ao gabinete de Alexandre de Moraes, com a porta já reinstalada, um pedido para anular a diplomação e impedir a posse de seis deputados eleitos que incitaram os ataques terroristas do 8/1. Entre eles, André Fernandes. Moraes, seguindo a PGR, decidiu que não havia motivo para tanto. Agora, aí está.