O Brasil chegou neste ponto aqui, olha:
A menos de duas semanas do primeiro turno das eleições gerais de 2022, o Tribunal de Contas da União precisou enviar um ofício ao ministro da Defesa, general Paulo Sergio Nogueira, com o seguinte questionamento sobre a “apuração paralela” que os militares pretendem fazer dos votos digitados em 385 urnas eletrônicas:
“O objetivo é meramente comparar boletins de urna físicos com os resultados divulgados ou pretende-se extrapolar os resultados eleitorais amostrais para comparar com o resultado oficial da eleição?”.
Além dessa e de outras perguntas encaminhadas pelo TCU ao Ministério da Defesa, o tribunal quer saber ainda – é inacreditável, mas ninguém sabe a poucos dias da eleição – “qual a fundamentação para escolha do critério amostral utilizado”, e também se a “apuração paralela” será feita por militares em serviço.
O prazo de cinco dias dado pelo TCU para o Ministério da Defesa dar respostas sobre a “apuração paralela” terminaria nesta segunda-feira, 26. Terminaria: a Defesa pediu e o TCU esticou o prazo até a próxima sexta-feira, 30, antevéspera da eleição.
E o Brasil chegou neste ponto aqui, olha, parte 2:
A justificativa da Defesa para pedir a extensão do prazo para dar explicações ao TCU e ao país – nesta, digamos, quadra estranha da História – foi que o prazo inicial englobava o… fim de semana.
Como se caísse em dia útil a eleição sobre a qual as Forças Armadas já cansaram de dar avisos, no sinal codificado do ataque às urnas, de que vão trabalhar duro, no dia 2 de outubro, para tentar melar.