Marcelo Queiroga, portador de um CRM, segue à vontade com sua rotina de sapatear em cima de centenas de milhares de cadáveres.
Em entrevista à Folha, Queiroga respondeu assim a uma pergunta sobre a constatação da Fiocruz de que a vacinação contra a covid-19 no Brasil estagnou:
“Por que a Fiocruz não faz essa campanha de vacinação?”.
Perguntado sobre se não é hora de ser mais assertivo na campanha de vacinação, disse o médico do monstro:
“A gente gastou uma fortuna com campanha de vacinação”.
“Mas uma das faces mais visíveis do movimento antivacina no Brasil é o presidente Bolsonaro”, insistem os repórteres da Folha, estupefatos, no que Marcelo Queiroga saiu-se com essa:
“Imagina se o presidente Bolsonaro fosse pró-vacina. A gente tinha gastado quanto? R$ 100 bilhões em vacinas”.
Neste mesmo fim de semana, grandes jornais do país informam que Marcelo Queiroga vem usando recursos públicos, eventos oficiais e destinação de verbas para promover a candidatura de seu filho Queiroguinha a deputado federal pela Paraíba.
Sem precedentes
Enquanto isso, com a vacinação estagnada, a média móvel de casos registrados da covid-19 no Brasil subiu mais de 120% em relação a duas semanas atrás (+383% no Distrito Federal, +284% no Rio de Janeiro). Os mortos vêm depois, como sempre, no recuo da onda, deixando corpos na areia.
Nesta sexta-feira, 3, em Londrina, Marcelo Queiroga foi questionado sobre este cenário e sobre se não seria o caso de voltar às máscaras. O junta-cadáveres disse que o uso obrigatório de máscara é uma “política inútil” e “uma bobagem sem precedentes”.
Ministro da Saúde sem precedentes – nem Pazuello – em sua irresponsabilidade, sabujice e ação deliberada contra a saúde pública (como seu boicote à vacinação infantil), o anjo da morte de João Pessoa deveria, nesta ordem, perder o CRM e ir sapatear no xadrez por crimes de lesa-humanidade, quando este país apontar outra vez no caminho da civilização.