O assim chamado 1º Congresso Conservador de Goiás aconteceu neste sábado, 4, em Goiânia e foi marcado por precisamente aquilo que é um dos maiores riscos de bagunça do coreto que pairam sobre o Brasil em 2022: pouca gente e muita arma.

O congresso foi realizado por uma empresa de eventos chamada “Calibre da Liberdade” e teve entre os seus oito apoiadores duas lojas de armas e o Movimento Pró-Armas. O evento teve o apoio também da maior cooperativa de crédito do Brasil. O patrocinador foi uma instituição privada de ensino superior.
A repórter Elisama Ximenes, do jornal O Popular, foi ver o evento de perto e relatou:
“Na entrada do local, a empresa Internacional Weapons Sale (IWS), de Goiânia, realizava uma exposição de armas. Os participantes podiam tirar fotos com as pistolas, que estavam descarregadas. Não era feita a venda dos objetos, mas a empresa disponibilizou os contatos para quem quisesse fazer a compra depois. A exposição contava com a fiscalização de dois soldados do exército”.
O 1º Congresso Conservador de Goiás teve venda de camisetas e canecas de Jair Bolsonaro e, no palco, duas bandeiras do Brasil com a foto de Bolsonaro sobreposta, ao lado bandeira do Movimento Pró-Armas.

O fundador e presidente do Movimento Pró-Armas, Marcos Pollon, posou para foto com uma arma longa em punho e boné de Jair Bolsonaro na cabeça, ao lado de outros três atiradores com semblantes enfezados.

No dia em que o maior portal de notícias do Brasil deu em manchete que o país teve um milhão de novos registros de armas de fogo no governo Bolsonaro (número de 2021), a deputada federal Bia Kicis convocou para o III Encontro Pró-Armas Pela Liberdade, marcado para o próximo 9 de julho em Brasília, para o qual clubes de tiro de todo o Brasil vêm há meses organizando caravanas.
Neste sim, não vai ter pouca gente não.