Um deputado de extrema-direita da Argentina chamado Francisco Sánchez pediu pena de morte para a vice-presidente do país, Cristina Kirchner, 10 dias antes de um homem tentar matar Cristina com um tiro à queima-roupa, na noite desta quinta-feira, 1º de setembro.
A incitação, mais um episódio da escalada do ódio contra Cristina Kirchner na Argentina, foi feita no Twitter no último 22 de agosto, e dizia: “12 anos para roubar impunemente é quase nada. No ano passado apresentei um projeto de lei para que esses tipos de crimes sejam considerados traição. Eles merecem a pena de morte, não uma prisão domiciliar leve”.
No dia seguinte à incitação, Sánchez repercutiu um tuíte de Eduardo Bolsonaro com os seguintes dizeres, em caixa alta: “OPINIÃO NÃO É CRIME”.
O pai de Eduardo, Jair Bolsonaro, por seu turno, já pediu desde o “fuzilamento” de Fernando Henrique Cardoso até “fuzilar a petralhada”. Francisco Sánchez, na Argentina, e Jair Bolsonaro, no Brasil, seguem impunes.
No ano passado, a imprensa argentina comparou o deputado Francisco Sánchez ao ex-deputado Jair Bolsonaro, atual presidente da República Federativa do Brasil: “Como Bolsonaro, um deputado vai propor ‘acesso às armas aos cidadãos de bem'”.