Na semana passada, este Come Ananás chamou a atenção para a presença algo exógena do general Guido Amin Naves numa reunião de Jair Bolsonaro com o ministro da Defesa, general Paulo Sérgio, o “assessor especial” general Braga Netto, os comandantes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica e o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas.
Isto porque Guido Amin Naves é um “reles” chefe do Departamento de Ciência e Tecnologia do Exército (DCT). Por que estaria numa reunião do presidente da República com a alta cúpula das Forças Armadas?
A reunião aconteceu na manhã da última terça-feira, 3, e antecedeu os encontros daquele mesmo dia entre o general Paulo Sergio e Luiz Fux e entre Luiz Fux e Rodrigo Pacheco, presidente do Senado.
No artigo, chamamos a atenção ainda para os fatos de que ao general Guigo Amin Naves responde diretamente, na hierarquia do Exército, o general Heber Portella, representante das Forças Armadas na Comissão de Transparência das Eleições (CTE), e de que o general Guido já andou dando entrevistas à imprensa dizendo que as urnas eletrônicas são vulneráveis a adulterações.
Pois nesta segunda-feira, 9, a Folha de S.Paulo dá conta de que os ataques de Jair Bolsonaro à credibilidade do processo eleitoral vêm sendo municiados por relatórios do Exército passados ao presidente desta várzea pelo general… Guido Amin Naves.
A Folha diz que o general Guido “trata com discrição” supostos problemas com a urnas eletrônicas “que podem ser corrigidos”, mas que isso vem sendo usado por Bolsonaro para tumultuar, supostamente à revelia do Exercito. Em suma, o jornal diz que o Exército informa Bolsonaro com republicanismo forte, inocência amiga sobre supostos problemas com as urnas eletrônicas.
Acredite quem quiser.
Ou o Exército, que a todo momento arrota lealdade à Constituição, vem a público informar sobre a intenção golpista do chefe de Estado, ou o bloco do autogolpe está na rua definitivamente com a participação do Exército Brasileiro.