Bolsonaro esteve em Duque de Caxias no dia da ‘segunda dose’ do registro de vacinação falsificado

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No dia 14 de outubro de 2022, entre o primeiro o segundo turnos das eleições, Jair Bolsonaro esteve em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, para um ato de campanha com o prefeito da cidade, Washington Reis, e o governador do Rio de Janeiro, Claudio Castro.

É impossível esquecer. Naquele dia, uma sexta-feira, o palanque onde a tropilha estava empoleirada por pouco não veio ao chão: balançou, balançou, mas afinal resistiu ao peso da corrupção, da impostura, do genocídio, da fraude. No vídeo, é possível ver o então ajudante de ordens de Bolsonaro, coronel Mauro Cid, abrindo caminho entre os presentes para acudir o chefe.

Nesta quarta-feira, 3, quase nove meses depois, o palco do teatro farsesco de Duque de Caxias finalmente desabou, com a Operação Venire, da Polícia Federal.

Segundo apurações da imprensa de referência, consta nos registros de vacinação falsificados de Bolsonaro que o então presidente da República tomou a segunda dose da vacina contra a covid-19 naquele mesmo 14 de outubro, no Centro Municipal de Saúde de… Duque de Caxias.

Bolsonaro, porém, reiterou nesta quarta, após visita da Polícia Federal, que não se vacinou contra a covid-19. Mauro Cid está preso por participar do esquema de fraude. Gutemberg Reis, irmão de Washington Reis, foi alvo de busca e apreensão.

Quanto à primeira dose, a falsificação dá conta de que Bolsonaro a teria recebido no dia 13 de agosto do ano passado, também em Duque de Caxias. Não há registro de que Bolsonaro esteve na cidade naquele dia. Mas há registro da presença de Bolsonaro na cidade do Rio de Janeiro, participando da Marcha Para Jesus. Naquele dia, Bolsonaro também deu uma entrevista ao canal do YouTube Tapa na Cara, de Rica Perrone.

Na entrevista, Bolsonaro disse que o Brasil estava, naquela altura, com vacinas contra a covid sobrando, porque, segundo ele, “a população não quer tomar mais vacinas”.

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