Luis Roberto Barroso (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil).

Tal e qual um refém forçado por bolsonaristas, desculpe, terroristas a ler suas exigências diante das câmeras, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, apareceu nesta quinta-feira, 13, cobrando de Luis Roberto Barroso uma retração por Barroso ter dito na UNE, um dia antes, na quarta, que “nós derrotamos o bolsonarismo”.

Apressado para tirar o seu, perdão, a sua toga da reta, Barroso foi ao Twitter lavrar um termo de ajustamento de sua conduta exótica na UNE: quando falei “bolsonarismo”, disse o ministro do STF, falei errado. Na verdade, eu queria dizer “extremismo golpista e violento que se manifestou no 8/1”.

Ora, aí está uma belíssima epígrafe para a tumba do bolsonarismo, para quando os Barrosos da vida pararem de dar suas pavônicas contribuições para mantê-lo vivo.

Sim, porque, para safar-se de um processo de impeachment pela extravagância que cometeu na UNE, trolha insinuada por Pacheco nas entrelinhas, Luis Roberto Barroso não hesitou em oferecer no altar dos bolsonaristas do Senado a seguinte validação do bolsonarismo:

“Jamais pretendi ofender os 58 milhões de eleitores do ex-presidente nem criticar uma visão de mundo conservadora e democrática, que é perfeitamente legítima”.

Chacoalham as 700 mil ossadas produzidas pelo consórcio entre o SarS-Cov-2 e a “visão de mundo conservadora”, à batida da meia-noite no relógio de dom João 6º rebentado por “eleitores do ex-presidente” no 8/1.

Luis Roberto Barroso já foi várias vezes insultado por Jair Bolsonaro. Trata-se de uma injustiça. Com isto de “visão de mundo perfeitamente legítima”, com este selo ISO-Constitucionalista-Progressista para o mais patente fascismo, já é a segunda vez que Barroso se revela o melhor amigo do bolsonarismo.

A primeira foi quando as Forças Armadas foram “gentilmente convidadas”, por Barroso, para participarem do processo eleitoral. Depois, qual não foi a surpresa de Barroso, e só de Barroso mesmo, quando descobriu-se que as Forças Armadas estavam sendo “orientadas para atacar o processo e tentar desacreditá-lo”.

De Barrosos o inferno está cheio.

Mais um gol contra a Democracia, a favor do bolsonarismo, e o “iluminista” poderá pedir música em algum cruzeiro de Wesley Safadão.

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