Cinco perguntas, quase todas para tumultuar.
É nisto que consiste a consulta pública sobre vacinação de crianças contra a covid-19, chicana inventada por Jair Bolsonaro e Marcelo Queiroga para retardar o quanto for possível a campanha de vacinação infantil contra uma das doenças que hoje mais mata na faixa etária de 5 a 11 anos no país, repetindo o que foi feito pelo desgoverno federal quanto à vacinação de adultos.
Retardar de novo, portanto, agora em se tratando de crianças e de preferência para depois do início do ano letivo de 2022, para atualizar as definição de perversidade.
São estas as perguntas da consulta pública lançada pelo monstro e pelo médico do monstro:
“Você concorda com a vacinação em crianças de 5 a 11 anos de forma não compulsória conforme propõe o Ministério da Saúde?”.
“Você concorda com a priorização, no Programa Nacional de Imunização, de crianças de 5 a 11 anos com comorbidades consideradas de risco para COVID-19 grave e aquelas com deficiência permanente para iniciarem a vacinação?”.
“Você concorda que o benefício da vacinação contra a COVID-19 para crianças de 5 a 11 anos deve ser analisado, caso a caso, sendo importante a apresentação do termo de assentimento dos pais ou responsáveis?”.
“Você concorda que o benefício da vacinação contra a COVID-19 para crianças de 5 a 11 anos deve ser analisado, caso a caso, sendo importante a prescrição da vacina pelos pediatras ou médico que acompanham as crianças?”.
“Você concorda com a não obrigatoriedade da apresentação de carteira de vacinação para que as crianças frequentem as escolas ou outros estabelecimentos comerciais?”.
Já é possível ouvir o rufar de tambores de orcs e bots que vem das profundezas inescrutáveis do Telegram chamando os orcs das cavernas para responderem em hordas: “sim, concordo, meu senhor da morte e da confusão”.
Mais ou menos como conseguiram eleger um oxiúro como “personalidade do ano” da revista Time.
É mesmo como disse Nise Cloroquina Yamaguchi, membro do gabinete paralelo que quer pular para o gabinete oficial, quando há poucos dias disse que será candidata ao Senado da República: “é guerra biológica”.