Roberto Álvarez (Foto: Jorge Larrosa).

O Tribunal Oral Federal 4 de San Martín, em Buenos Aires, condenou nesta quarta-feira, 7, o ex-comissário da Polícia Federal argentina Roberto Álvarez a 10 anos de prisão pela privação ilegal de liberdade e tortura sofrida pela militante montonera Edith Aixa Bona em 1980.

Bona e seu companheiro, Gervasio Martín Guadix, haviam retornado do exílio em 1979 como parte da chamada “contraofensiva” de resistência à ditadura civil-militar instalada na Argentina três anos antes, em 1976.

Em março de 1980, Bona e Guadix foram sequestrados pela ditadura em Buenos Aires. Bona foi levada para um centro de detenção clandestino na base militar de Campo de Mayo e depois para a Delegacia de San Martín da Polícia Federal Argentina, da qual Álvarez era o chefe.

Na delegacia, Bona foi mantida durante vários dias sem alimentação e acorrentada a uma cama, a uma privada ou ao pé da escrivaninha de um agente de Álvarez. “Eu tinha que dormir no chão ao lado dele, ele queria ficar de olho em mim”, disse ela em depoimento.

Guadix nunca mais foi encontrado.

Além da condenação de Álvarez à prisão, o tribunal determinou o início dos trâmites para a cassação da aposentadoria do ex-delegado e para que a Delegacia de San Martín seja assinalada como local onde foram cometidos crimes contra a humanidade.

A justiça da Argentina já condenou mais de 1.100 agentes da ditadura por crimes contra a humanidade, e contando: hoje, há outros 15 processos em andamento.

Já o Brasil…

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