Dados do Relatório Anual do Desmatamento no Brasil (RAD), divulgado nesta segunda-feira, 18, pelo Mapbiomas, mostram que no ano passado, só na Amazônia, 18 árvores foram derrubadas por segundo. Repetindo: por segundo.
São 18 árvores derrubadas na Amazônia no intervalo de tempo necessário para ler, dizer ou pensar nas palavras “18 árvores por segundo”, e mais outras tantas enquanto refletimos sobre a tragédia que isto significa.
Os dados do RAD mostram que nos três primeiros anos do desgoverno de Jair Bolsonaro o Brasil perdeu em vegetação o equivalente à área do estado do Rio de Janeiro, somando-se a destruição em todos os biomas, da Amazônia à Mata Atlântica, passando por Cerrado, Caatinga, Pampa e Pantanal.
Os caquinhos e os CACs
O principal responsável, além do conhecido destruidor da Funai e do Ibama, é o agronegócio. O agro, que é pop, que é tudo – tudo devastado. Em contrapartida à devastação para abrir o pasto para o gado e o solo para a soja, o preço dos alimentos não para de subir…
Se e quando alguém vai conseguir colar os caquinhos deste verdadeiro e gigantesco desastre ambiental, é incerto. Certo é que, para reagir a tentativas, enquanto caem as árvores raiam os CACs: sob o desgoverno Bolsonaro – e sob a complacência das Forças Armadas – surgem 450 novos atiradores autorizados no Brasil a cada 24 horas. Uma das justificativas para brotarem os CACs é a “defesa da propriedade rural”.
Campeão de desmatamento, o Mato Grosso teve um amento de 338% no registro de novas armas em dois anos. Em 2021, foram 14.511 novos registros de armas no estado, algumas delas com empunhadura em jacarandá.
Mais de 1,5 milhões de árvores derrabadas por dia e quase 50 milhões por mês.