Uma porta-voz do Unicef, Sara Al Hattab, disse neste sábado, 14, à CNN que mais de 700 crianças foram mortas em uma semana de bombardeios de Israel à Faixa de Gaza, e contando. Segundo Hattab, outras 2.450 crianças ficaram feridas, e contando também.
Também neste sábado, o nome do jornalista Jorge Pontual foi parar no topo dos trending topics do ex-Twitter por declarações dadas por ele na noite anterior – uma noite macabra de sexta-feira 13 para a TV brasileira – sobre os esforços do governo brasileiro, no âmbito do Conselho de Segurança da ONU, para um cessar-fogo na Faixa de Gaza, diante da catástrofe humanitária em curso.
Na Globo News, Pontual defendeu “o direito de Israel de atacar o Hamas” e disse que “um cessar-fogo é o que o Hamas quer, né?”, que “um cessar-fogo agora seria um erro”. A ele se juntou Demétrio Magnoli, que defendeu a “resposta devastadora” de Israel na Faixa de Gaza e afirmou que os esforços do governo brasileiro por um cessar-fogo em Gaza não passam de “alinhamento com a Rússia, que resolveu apoiar o Hamas”.
Horas antes, nesta sexta, a diretora-executiva do Unicef, Catherine Russell, fazia o seguinte apelo:
“Um cessar-fogo imediato e o acesso humanitário são as principais prioridades para permitir a tão necessária ajuda às crianças e famílias em Gaza. Precisamos de uma pausa humanitária imediata para garantir o acesso seguro e sem entraves às crianças necessitadas, independentemente de quem sejam ou onde estejam. Existem regras de guerra. As crianças em Gaza precisam de apoio vital e cada minuto conta”.
Cada minuto de Jorge Pontual e Demétrio Magnoli no ar, na cobertura da tragédia em Gaza, é um minuto a mais de vergonha para a Globo News.
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